Alguém algures recolheu as tuas memórias, escolhe-as discricionariamente e publica-as, passas a ser aquilo que esse alguém revela, neste caso um determinado diplomata poderá ter realizado uma série de boa acções e no entanto nunca passará do bárbaro que um dia disse uma palermice. Chama-se a isto pseudo-realidade criada a partir de documentos e está à mercê dos falsos positivos.
Num regime de ditatura algo como isto daria direito, no mínimo, a uma visita a uma uma solitária escura e fria, em regimes democráticos a uma linha numa qualquer No Fly List. Wikileaks, OpenLeaks, BrusselsLeaks, BalkanLeaks, IndoLeaks, … começam a nascer por todo o lado e qualquer hacker, bufo ou quadrilheira terá à sua disposição uma arma, o escândalo. O escândalo passará a ser prevalente na nossa realidade e com ele a ameaça, à laia de sindicato criminoso, uma vaga associação de gentios com uma estrutura e objectivos comuns e um código de conduta, «Brussels Leaks : Unmasking the decision-making process. If you have some information which you think is important, be it socially, environmentally and/or politically, use the link below which will take you to a completely secure, 100% anonymous and encrypted contact form. You can simply send us a tip-off, or upload any files. We won’t know where or who it comes from unless you tell us. All fields are completely optional. We also accept words of encouragement.»
«I never wanted this for you. I work my whole life – I don’t apologize – to take care of my family, and I refused to be a fool, dancing on the string held by all those bigshots. I don’t apologize – that’s my life – but I thought that, that when it was your time, that you would be the one to hold the string. Senator Corleone; Governor Corleone. Well, it wasn’t enough time, Michael. It wasn’t enough time.»